As fotografias possuem um poder fantástico de evocar memórias. A imagem retratada nos pega pela emoção. Faz com que viajemos no tempo, lembremos de momentos e de pessoas. Tem uma função de ligar o presente ao passado. Falo da foto antiga, de papel. Tremida, embaçada. Amarelada, puída. Guardada entre caixas. Esquecida num álbum e que remexido destila lembranças. Um filme passa em nossa frente. Foi assim que aconteceu com a menina Dorinha e seu passeio inesquecível...
“Todo mês de setembro, Padre Luiz Gonzaga Pinheiro fazia excursão uma para Aparecida. De Conselheiro Lafaiete vinha o ônibus. Era o “Sandra” que nos levava. Tinha excursão feita pelo Padre Luiz com cinco ônibus de uma vez. Nesta foto, estou nela. Uma criança. Acredito que tinha sete ou oito anos. Fui com meus pais, Luizinho e Carolina, tio Argemiro e amigos. Muitos já faleceram. Chegávamos em Aparecida sexta à noite. No sábado, a missa na igreja antiga, celebrada pelo Padre Luiz, sempre muito carinhoso conosco. Hoje tem o Santuário. Após a missa íamos de ônibus para perto de Guaratinguetá, perto do rio onde apareceu a imagem. Passávamos um tempo lá nas pedras e na volta para Aparecida, as compras e a visita à imagem de Nossa Senhora. Lembro até hoje do hotel. Novo Hotel era o seu nome. Ainda existe, passei lá perto em uma das últimas visitas com minhas filhas. O retorno para Catas Altas da Noruega era segunda-feira bem cedo. A parada em Juiz de Fora onde era servido o almoço, tanto na ida quanto na volta. Era o passeio mais gostoso. Grandes lembranças”.
Hoje, a história da Dorinha, minha querida tia Maria das Dores Neiva de Souza. Marcada de saudades e de sentimentos. Uma vida bem vivida. Momentos especiais que ficam para sempre!
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