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Foto do escritorGiovane Neiva

A Santa que caiu do Céu

29 de julho de 1949. Naquele dia, Padre Luiz Gonzaga Pinheiro organizava as festividades de São Gonçalo do Amarante. Era sua primeira festa do padroeiro de Catas Altas da Noruega. Tudo estava pronto, mas algo o preocupava. A imagem de Nossa Senhora das Graças, que havia encomendado, não tinha chegado e pelo tardar da hora dificilmente a teria para a solene procissão.


O silêncio daquela tarde foi quebrado por um avião e o rastro de fumaça deixado no ar. A população foi às ruas para ver o que acontecia. Parecia que caía do céu uma chuva de papel picado. Mais tarde saberiam que eram mercadorias atiradas do avião que falhava seus motores. Era um avião da Cia. Itaú Transportes Aéreos que saiu do Rio de Janeiro para Belém do Pará levando pneus, máquinas de escrever, geladeiras, rolos de tecidos, sapatos, medicamentos e tantos outros produtos.


No avião encontravam-se também três imagens sacras. Com a queda, duas ficaram irreconhecíveis já a terceira, intacta sobre o cascalho, a pequena e singela imagem de Nossa Senhora das Graças. Encontrada por lavradores, veio do céu para ficar conosco disse Padre Luiz.


A imagem foi doada à Paróquia e ocupa lugar de honra no Santuário a ela dedicado. O avião sem combustível aterrissou na Pampulha. Desde então, vivemos esta linda história, repetida no Monumento à Padroeira; na Gruta de Nossa Senhora das Graças, local onde a imagem foi encontrada; no museu de nossa cidade e como o rastro de fumaça, por todo lugar onde passamos orgulhamos em manter viva esta devoção.


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